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Artigo Publicado no XIII Encontro Nacional de Pesquisa em Musicoterapia (ENPEMT) AMT-RS.

Revista Musicoterapia - Avanços e Perspectivas ABM 


Investigação Sintomatológica do Transtorno de Ansiedade através da kalimba no Contexto Musicoterapêutico 


PIRES, Everton Gonçalves

1 Musicoterapeuta Clínico, formado pela Faculdades EST – RS. Porto Alegre – RS. E-mail: evertonpiresmusica@gmail.com 


2 Enfermeira Licenciada, Mestre em Saúde Coletiva. Professora das Faculdades EST. Sapucaia do Sul – RS. E-mail: adriana@est.edu.br 

PRESSER, Adriana Dewes 



Introdução 


O interesse em desenvolver este trabalho tem origem nas observações e experiências clínicas realizadas no decorrer dos estágios curriculares do Bacharelado em Musicoterapia. O autor registra como marcante uma experiência vivida no período do estágio no Hospital Psiquiátrico, quando presenciou uma paciente que estava sendo assistida por dois residentes da psiquiatria evoluir para uma catarse. Ao observá-la, questionou se estava medicada. Diante da resposta afirmativa, indagou se ainda havia recursos para atendê-la, ao que obteve a seguinte resposta: - "não há mais o que fazer!". Diante do argumento, do silêncio gerado pela situação e da sua irresignação, intuitivamente pensou que, se tocasse a kalimba, ela poderia escutá-la e assim interviria no processo. Recorreu à kalimba e iniciou tocando-a a uma distância de seis metros, aproximando-se gradativamente, com alterações de andamento musical, até distar um metro da paciente. Esta intervenção durou aproximadamente vinte e cinco segundos; tempo suficiente para a retomada dos seus sentidos. Durante o procedimento, acompanhou as alterações do movimento de seus olhos e os movimentos respiratórios, que culminaram com duas inspirações profundas mediante as mudanças de andamento e a sonoridade do instrumento. Este evento provocou no autor especial interesse em entender e buscar embasamento 

teórico-científico para justificar tal resultado e verificar a aplicabilidade terapêutica da kalimba. 

Dentre as doenças que se agudizam nas gerações, está o Transtorno de Ansiedade, em torno do qual se limita a pesquisa ora realizada, com foco no tratamento musicoterápico. 

Referenciado pela metodologia criada pela equipe de Investigação Clínica de Musicoterapia – ICMus, da Argentina, será comparada análoga e hipoteticamente a Produção Sonora (PS) realizada pelos sujeitos da pesquisa, para correlacionar o comportamento musical a graus de intensidade deste transtorno, com base em andamentos musicais e alterações nas áreas cognitiva, executiva e emocional. 

Justifica-se o presente estudo pela necessidade de investigar e compreender a que fatores atribuem-se os efeitos exercidos nos sujeitos após tocarem a kalimba: se estes decorrem de sua característica acústica de ressonância, rica em harmônicos, de sonoridade ancestral e/ou funcional. Justifica-se, ainda, por disponibilizar informações aos musicoterapeutas e demais profissionais da área da saúde a respeito da aplicabilidade do instrumento como ferramenta para análise musicoterapêutica em pacientes com transtorno de ansiedade, pois o instrumento sugere exercer funções importantes no contexto clínico da musicoterapia, como análise musicoterapêutica; de instrumento na comunicação de elementos simbólicos; de objeto intermediário; no estabelecimento do vínculo terapêutico e na relação transferencial. 


Objetivos 


Frente ao exposto, este trabalho tem como objetivo, originalmente, estabelecer um diálogo interdisciplinar entre musicoterapia, psicologia e psiquiatria, ou seja, tratar das relações entre os estudos da musicoterapia e das demais ciências da saúde. 

São objetivos específicos deste trabalho: Refletir, discutir e explicitar como as experiências musicais com a kalimba, no contexto musicoterapêutico podem contribuir para a investigação sintomatológica do transtorno de ansiedade; elaborar intervenções musicoterapêuticas que constituam uma possibilidade nova de obter recursos através da música e da respiração, para a diminuição do sintoma e a mudança de comportamento. 


Metodologia 


Este estudo caracteriza-se como descritivo-exploratório, com abordagem qualitativa. Exploratório, porque permite ao investigador aumentar sua experiência em torno de determinado problema; descritivo, por pretender descrever com exatidão os fatos e fenômenos de determinada realidade (TRIVIÑOS, 1987). A escolha pela abordagem qualitativa “baseia-se na premissa de que os conhecimentos sobre os indivíduos só são possíveis com a descrição da experiência humana, tal como ela é vivida e tal como ela é definida por seus próprios atores” (POLIT; BECK; HUNGLER, 2004, p. 200). 

Para a realização deste estudo, inicialmente foram expostos os seus objetivos à Direção da Associação dos Portadores de Transtornos de Ansiedade – APORTA, uma ONG que atende pessoas com transtornos de ansiedade, localizada no município de Porto Alegre – RS, e sua aquiescência foi obtida. A população do estudo compreendeu as pessoas com transtornos de ansiedade que frequentam a ONG APORTA. 

O critério básico para a seleção dos informantes foi o da amostragem aleatória, ou seja, haveria a chance de quaisquer dos participantes presentes no setting musicoterápico participarem da pesquisa. 

O instrumento utilizado para a coleta das informações foi uma entrevista semiestruturada realizada no local de pesquisa, contendo informações sobre dados de identificação e relacionados às questões de pesquisa (Apêndice A). 

A coleta de dados foi realizada pelo pesquisador de acordo com os horários das sessões de musicoterapia ofertados pela ONG APORTA. Na abordagem inicial, expuseram-se a cada participante os objetivos e a justificativa do estudo.


As entrevistas foram gravadas e, posteriormente, transcritas e registradas por escrito imediatamente após a fala dos entrevistados. As produções musicais também foram gravadas e posteriormente transferidas para o software cubase para medição de andamentos das PS's. Cada sessão durou, em média, uma hora. 

Para a realização desta pesquisa, não se determinou um número específico de sessões para coleta dos dados, entretanto os sujeitos começaram a apresentar frequência irregular, o que acabou impedindo a continuidade das observações. 

A análise dos dados foi realizada com base na análise de conteúdo (GOMES, 2007, p. 69), que apresenta três finalidades: “estabelecer uma compreensão dos dados coletados, confirmar ou não os pressupostos da pesquisa e/ou responder à questão formulada, e ampliar o conhecimento sobre o assunto pesquisado”. 

Resultados e Discussão 

A população da pesquisa é composta por duas mulheres e dois homens: o sujeito A, mulher, com idade de 14 anos, estudante, com histórico de ansiedade e compulsividade alimentar; o sujeito B, mulher, idade 72 anos, professora, com histórico de ansiedade; o sujeito C, 48 anos, militar aposentado, diagnosticado como ansioso; e o sujeito D, 75 anos, funcionário público, sem histórico de transtorno, que participou da sessão para "conhecer" a musicoterapia. Os sujeitos A e C participaram de três sessões consecutivas; o sujeito B participou de duas sessões; e o sujeito D, de apenas uma sessão. 

Os sujeitos A e C têm relação parental de descendência, tendo sido os primeiros a autorizarem as gravações da observação. Na relação destes, observou-se certa reverência com o registro de uma interferência verbal invasiva de parte do pai, sugerindo uma manifestação de ansiedade, diante de frases melódicas repetitivas executadas pela filha. Essas repetições, como quaisquer outros eventos musicais da cena da musicoterapia, encontram

suporte teórico em Bruscia (2000), ao considerar sob o prisma psicoanalítico que os elementos da música são representações simbólicas inconscientes. 

Em todas as execuções individuais dos pacientes - PSI - verificou-se menor tempo de duração e andamento mais acelerado em relação às PSV. Pode-se concluir certa inibição ou associação a encouraçamentos de segmentos (Reich) ou grau de ansiedade na exposição pessoal. Nas PSI, todos os sujeitos demonstraram introspecção (diálogo intrapessoal), não se conectando visualmente com o terapeuta na curta duração do evento. Nas intervenções - PSV's -, verificou-se uma produção sonora com dados inversos, ou seja, maior duração e menor intensidade de andamento, sugerindo possível diminuição do transtorno, associada à relação causal direta do suporte musical vincular. 

Diante da entrevista semiestruturada realizada, obtiveram-se as seguintes respostas dos sujeitos quanto à emoção/sensação: “alívio e sensação boa”, sujeito A; “bom”, sujeito B; “paz”, “relaxante”, “descarga”, “tranquilidade” e “comunhão”, sujeito C; “leveza” e “beleza” “amorosidade”, sujeito D. Na área mental, relacionada com imagens produzidas ou recordadas, obteve-se: "lembrei quando brincava com meus primos", sujeito A; não manifestou conteúdo, sujeito B; "Cenas de um filme com rosas no campo" e "jardim na China", sujeito C, e "folhas sobre a água" e "filme: Shogun", sujeito D. Verifica-se aqui uma unidade de sentido quanto aos efeitos que o instrumento suscita na sensopercepção. O pensamento de Benenzon (1988, p. 57) é conexo com esta experiência: 


É de freqüente observação como o paciente ou qualquer pessoa é muito mais atraído por um instrumento cujo material se aproxima da própria natureza, como seriam os membrafones de madeira, coco, cabaça, bambú etc., do que aquele feito por um elemento mais sofisticado na sua elaboração.

 

Adotou-se uma intervenção (provocação musical) com alterações nos andamentos nas improvisações das PSV's, para observar as reações dos sujeitos. Verificou-se: inspirações profundas: uma no sujeito A; prejudicada a observação (excesso de vestimenta) no sujeito B; duas no sujeito C; e uma sujeito D. A contração dos músculos respiratórios depende de impulsos

nervosos originados do centro respiratório (localizado no tronco cerebral), às vezes diretamente de áreas corticais superiores e também da medula. Estas respostas são salutogênicas, as quais realizam compensações bioquímicas para a homeostase (AIRES, 1999). 

Essa provocação musical permitiu observar aspectos simbólicos do ritmo dos sujeitos, ou seja, quanto há de organização ou desorganização inconsciente. Bruscia in Pellizzari (2006) corrobora com Esquemas Rítmicos ao classificar (de menor a maior grau de elaboração neurocortical) estes níveis de organização dinâmica: Pulso - primeiro nível; Motivo Rítmico - segundo nível; Frase Rítmica - terceiro nível. 

Nas PSV's as respostas musicais apresentaram o seguinte desempenho: "isolada" nas duas primeiras produções e "integradora" na ulterior, pelo sujeito A; "integradora", na única intervenção realizada pelo sujeito B; "integradora" em todas as produções do sujeito C; e "integradora", sujeito D. Este procedimento tinha o critério de classificar as respostas musicais dos sujeitos como "integradora", ou seja, compunha, interagia e respondia musicalmente, "isolada" não interagia ou "dependente", quando era necessário o estímulo ou a provocação musical do terapeuta para responder. 


Considerações Finais 


A kalimba sugere exercer nos sujeitos efeitos regressivos de memória, de conotação harmônica e acolhedora, produção de imagens e sensações, de acordo com as respostas dos sujeitos da pesquisa. Não foram encontrados trabalhos científicos que referenciassem a aplicabilidade da kalimba no processo musicoterapêutico de pessoas que sofrem de transtorno de ansiedade. 

Ao relacionarmos um fenômeno sonoro temporal com a memória, este não pode estar conectado a um tempo futuro, pois o som do instrumento somente pode relacionar-se com um tempo cronologicamente experimentado e ao tempo presente, enquanto este som é audível.


O termo harmonia é no senso comum associado à ideia e à sensação de bem-estar, tranquilidade e paz. Já o termo "harmônico" está ligado à música, ao campo da física, da acústica e neuropsicoacústica, com implicações quanto à ressonância dos instrumentos em geral e aos atributos de timbre, portanto sons resultantes da natureza do material e da construção de cada Kalimba existente. Estes sons harmônicos são sons especiais que causam certo "encantamento" na sensibilidade humana, desde que produzidos em ambientes acústicos adequados, podendo causar também estados alterados de consciência, o que justifica o seu uso em rituais ou para fins clínicos. 

As intervenções com o instrumento estão relacionadas aqui com a modulação das frequências de ondas do cérebro (Theta, Alpha, Beta, Delta). Os sons da Kalimba possuem abundância de "harmônicos". Ouve-se perfeitamente as alturas: oitava, quinta, oitava superior. Assim, pode-se justificar o resultado bem sucedido na experiência da catarse. Ao som e sensação de "acolhimento" referido ao instrumento, atribui-se o efeito a uma associação sonora imagética ou mnemônica, relacionada com a água (placenta) que corrobora neste sentido para a expressão "regressivos". 

Nas PSV's foi verificado aumento gradativo do tempo de duração na atividade, evidenciando potencial de vínculo, desenvolvimento musical e da musicalidade, produção de conteúdo simbólico e dialógico com a utilização do instrumento. Estas respostas são significantes no sentido de ludicidade, sensação de acolhimento, desenvolvimento da escuta, estímulo à criatividade, socialização, promoção da autoestima, autorrealização, organização e mudança de comportamento. 

Na verificação do interesse dos sujeitos pela kalimba, observou-se um apreço pelo objeto, destacando-se o aspecto estético, a textura dos materiais e a sonoridade. No mesmo sentido verificou-se a confirmação (parcial) dos efeitos elencados conforme as áreas mentais investigadas. 

Com relação à experiência mencionada na introdução, da paciente no hospital psiquiátrico, verificou-se conexão ao que é postulado por Leloup (1998), a respeito das escutas nos três âmbitos: escuta-física, psicológica e 

espiritual para a interpretação da anamnésia dos sujeitos. Benenzon (1988) assinala que os instrumentos musicais são uma extensão do próprio corpo e destaca que, quanto mais primitivo seja o instrumento na sua construção e no seu material, mais próximo estará do ideal musicoterapêutico. 

No mesmo sentido, corrobora para entendimento daquela intervenção a conceituação de Reich, justificada pelas disfunções ocasionadas nos níveis corporais do primeiro segmento (ocular) que sedia o Encéfalo, gerenciador do sistema nervoso central, responsável pela integração de todas as funções somáticas; do quarto segmento (toráxico), responsável pela contenção respiratória que suprime as emoções; e do quinto segmento (diafragmático), ligado à respiração, à fonação, ao vômito, à nutrição, a digestão e outros. 

Considera-se a existência de nexo na hipótese levantada (andamento ou número de toques por minuto/intensidade do transtorno). Em se tratando de som contextualizado, em uma análise musicoterapêutica, conclui-se pela presença de coerência, por entender-se que se trata de dinâmica análoga da mesma origem (psíquica/emocional). A partir dessa ideia, permitiu-se investir nessa reflexão, reconhecendo-se a necessidade de intercâmbio com outras áreas de conhecimento que possam contribuir para este estudo. 

Importante registrar também que a observação ficou prejudicada por questões estruturais, como a impossibilidade de escolha de uma população delimitada ou homogênea; pelo curto período de execução; ausências ou atrasos sucessivos dos sujeitos; instalações não apropriadas para o desenvolvimento da tarefa; ausência de uma supervisão direta no local e de outros observadores neste processo. 

No sentido oposto, foi possível identificar um potencial de investigação para novos experimentos de pesquisa, com bases e condições mais favoráveis de realização, com a utilização deste e de outros softwares para medir e analisar produções sonoras ao encontro de mensurações de comportamento na cena da musicoterapia.



Referências 


AYRES, Margarida de Mello. Fisiologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999. 

BENENZON, Roland. Teoria da Musicoterapia. 2. ed. São Paulo: Summus Editorial, 1988. 

BRUSCIA, Kenneth. Definindo musicoterapia. 2. ed. Rio de Janeiro: Enelivros, 2000. 

GOMES, Romeu. Análise e interpretação de dados de pesquisa qualitativa. In: MINAYO, Maria Cecília de S. et al. Pesquisa social teoria, método e criatividade. 24. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2007. p. 79-108. 

LELOUP, Jean Yves. O Corpo e Seus Símbolos - Uma Antropologia Essência. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1998. 

PELLIZZARI, Patrícia et al. Proyecto Música y Psiquismo. Buenos Aires: ICMus Editores, 2006. 

POLIT, Denise F.; BECK, Cheryl Tatano; HUNGLER, Bernadete P. Fundamentos de pesquisa em enfermagem. 5. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2004. 

TRIVIÑOS, Augusto Nibaldo Silva. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987. A Clínica na Musicoterapia: avanços e perspectivas 

170 


APÊNDICE A – 


Entrevista semiestruturada 


Informações sensoperceptivas ao tocar a Kalimba: 

Nome:_______________________________ Idade:______anos. 

Data da sessão:____/____/2010 Nº de sessões:______ 

Medicação em uso:__________________ 

Anamnésia:_______________________________________________ 


1 Produção Sonora Individual Inicial – Início da Sessão 

Respostas nas Áreas: Duração____min Andamento_______bpm 


Ação 1 Respiração - normal ( ) nº de respirações profundas ( ) 

2 Reações________________________________________ 


Emoção 3 Humor – Alegre ( ) Triste ( ) Indiferente ( ) Ansioso ( ) 

4 Sensações______________________________________ 

5 Sentimentos____________________________________ 


Mental 6 Imagens_______________________________________ 

7 Recordações___________________________________ 

8 Pensamentos___________________________________ 

Observações: _____________________________________________ 


2 Produção Sonora Vincular 

Duração_______min Andamento________bpm 

Respostas musicais: 1 Isolada ( ) 2 Integrada ( ) 3 Dependente ( ) 

Observações: ______________________________________________ 



Respostas nas Áreas


Ação 


1 Respiração - normal ( ) nº respirações profundas ( ) 


2 Reações________________________________________ 


Emoção 


3 Humor – Alegre ( ) Triste ( ) Indiferente ( ) Ansioso ( ) 

4 Sensações______________________________________ 

5 Sentimentos____________________________________ 


Mental 


6 Imagens_______________________________________ 

7 Recordações___________________________________ 

8 Pensamentos___________________________________ 

Observações:__________________________________________ 


 

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